
Se dermos a uma criança pequena vários cubinhos de madeira,
a primeira reação será pegar, virar de um lado para outro, bater um com o
outro, e por fim jogá-lo. Nesta situação, ela pode reconhecer o objeto,
construiu um novo conhecimento, necessitou perceber a singularidade do objeto
para agir sobre ele, organizando suas percepções e relações entre formas, peso,
tamanho, espessuras. Uma criança um pouco maior, a qual já fez este tipo de
relação parte para um novo conhecimento, o da classificação
(organizar e agrupar por semelhança), a qual já é capaz de perceber
semelhanças e diferenças. Um exemplo é o trabalho com os blocos lógicos, o
importante é deixá-lo ao alcance da criança para que explore o material. Assim
que mantiver um bom contato, podemos lançar desafios para que formule
hipóteses:- Dê uma peça como esta. - Dê mais uma como esta. - Agora separe os
parecidos. - Existe outra maneira de separar os parecidos? - Podemos separar os
parecidos de outra forma ainda?O importante é que a criança crie estratégias,
ela deverá perceber que existem os grupos das cores, do tamanho, das formas,
das espessuras, e cabe a nós educadores explorar esse raciocínio.
A próxima etapa é a da seriação (organizar por
diferenças, sejam elas, peso, largura, comprimento, crescente e decrescente,
etc.), a qual é explorada a construção de série. Exemplo de atividades:-
formar fila por tamanho dos alunos (do maior ao menor); propor atividades com
diversos tamanhos de canudos, para ordená-los; ordenar brinquedos da sala de
aula há uma diversidade de coisas que o professor pode trabalhar.

O trabalho com a
classificação, seriação e quantificação são decorrentes das relações que a
criança faz entre os objetos. Estas atividades iniciais auxiliam a criança a
construção do número, a relacionar o numeral à quantidade. Através da atividade
lúdica a criança constrói símbolos de maneira mais prazerosa. Elas devem ter a
oportunidade de inventar (construir) as relações matemáticas em vez de
simplesmente entrar em contato com o pensamento pronto, formular suas hipóteses
a partir de ensaio e erro, para confirmá-las ou refutá-las, como muitas de nós
aprendemos no método tradicional de ensino.
História dos números / Atividade
História dos números
Como vimos, o número está presente em diversas situações das nossas vidas. Mas será que muitas pessoas se questionam de como surgiram? A necessidade rotineira de contar, separar, classificar levou o ser humano a conceito de número, vejamos o quadro abaixo, contendo um pouco dessa história.
Atividade proposta:
Após explicação, propor atividade para analisar o nível de absorção de conhecimento que cada aluno adquiriu, mostrando a eles, imagens que contenham aves de diversas espécies, cada grupo de aves em viveiros separados, e apresentando a quantidade de aves que contem em cada grupo representado por números escritos, em seguida, solicitar que respondam as questões, com embasamento nas aulas:
A)Dos viveiros apresentados através das imagens, qual apresenta maior quantidade de aves? E qual apresenta menor quantidade?
B)Compare o viveiro com araras azuis e o dos tucanos e respondam, quais deles contem mais espécies?
C) Se não aparecessem números, seria possível responder as questões A e B? Por quê?
Bibliografia:
KAMII, Constance. A Criança e o Número: implicações educacionais da teoria de Piaget para a atuação junto a escolares de 4 a 6 anos. 23ªed. Campinas: Papirus,1997 KOCH, Maria Celeste Machado. Descoberta do Número: conquista da criança. O papel da pré-escola neste processo. Revista do Professor. Porto Alegre, 24-30; out/dez, 1988 SARA, Pain. Diagnóstico e tratamento dos problemas de aprendizagem. 4ª ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 1992 SEBER, Maria da Glória. Construção da Inteligência pela Criança: atividades do período pré-operatório. 4ª ed. São Paulo: Scipione, 1995 SMOLE, Kátia Cristina Stocco. A Matemática na Educação Infantil: a teoria das inteligências múltiplas na prática escolar. Porto Alegre: Artes Médicas, 1996
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