ETAPA 3: Aula-tema: A construção conceitual das operações. Tipos de situação matemática ou "situação problema". Operações matemáticas fundamentai: ações de somar, subtrair, multiplicar e dividir.
Passo 1 - A
fim de auxiliar a criança no entendimento e aplicabilidade de conceitos e
operações matemáticas foram separadas 20 situações do cotidiano nas quais as
operações matemáticas são utilizadas. As situações foram selecionadas baseadas
no cotidiano infantil, em especial - porém, não unicamente.
- · Dominó de cálculos matemáticos;
- · Banco Imobiliário;
- · Dama;
- · Supermercado: “Quantas batatas equivalem a 1kg?”;
- · Supermercado: “Quanto já foi gasto até agora?”;
- · Supermercado: Quanto receberei de troco?”;
- · Supermercado: Calcular o preço total da compra;
- · Calcular desconto de produtos;
- · Comparar preços;
- · Verificar se a promoção “leve 3, pague 2” vale a pena;
- · Calcular o preço de parcelas ao dividir o preço de uma compra;
- · Calcular quantidade de ingredientes ao se fazer um bolo;
- · Esporte: “De quantos pontos o time precisa para se classificar?”;
- · Calcular os minutos no relógio analógico;
- · Calcular alteração de fuso horário;
- · Calcular quantas figurinhas faltam para completar um álbum de figurinhas;
- · Calcular a média final ou quanto precisa para alcança-la;
- · Calcular quantos dias faltam para as férias;
- · Dividir-se em grupos iguais para uma atividade;
- · Compartilhar doces em quantidades iguais entre amigos.
Passo 2 - Dentre as 20 situações cotidianas apuradas, foram
selecionadas duas como base para que fosse preparada uma atividade a ser
realizada em sala de aula. A atividade foi elabora para o 3ºano do Ensino
Fundamental. As situações selecionadas foram:
·
Supermercado: Calcular o preço total da
compra
·
Supermercado: Quanto receberei de
troco?”
Passo 3 – Após selecionar duas dentre as 20 situações
cotidianas nas quais as operações matemáticas são utilizadas, foi elaborada e
aplicada a seguinte atividade:
_____ - Exemplo 1:
_____ - Exemplo 2:
Passo 4 –
Considerações finais a respeito da construção conceitual das operações
matemáticas e de suas aplicabilidades no dia-a-dia.
A matemática e sua aplicabilidade no cotidiano
Não é preciso muita
reflexão para se chegar à conclusão de que o uso da matemática está sempre
muito presente no nosso cotidiano, porém, é engraçado como nos surpreendemos ao
notar algo que é, na verdade, bastante evidente.
Para as crianças esta
presença efetiva da matemática no dia-a-dia, apesar de ser igualmente
frequente, parece ainda mais implícita. Isso porque muitas vezes a matemática é
ensinada como algo “distante” – digamos assim – da realidade, como se fosse
algo exclusivo do ambiente escolar. Esta lamentável realidade é provada, por
exemplos, nos momentos nos quais as crianças precisam apresentar seus saberes
matemáticos, pois nestas situações os pequenos são proibidos de olhar a tabuada
e algumas vezes mostrar o raciocínio acompanhando a conta com os dedos é
traduzido por professores(as) despreparados(as) como “matéria não-aprendida”.
Desta forma o aprendizado da matemática
torna-se algo próprio apenas do ambiente escolar e nós, geralmente, nos pegamos
exaustos com a ideia de colocar os conhecimentos em torno da matemática adquiridos
na escola em prática nos momentos do cotidiano, quando, na verdade, deveríamos
nos remeter ao uso desses conhecimentos no cotidiano para dar sentido ao aprendizado
escolar.
As crianças que
realizaram a atividade proposta no terceiro passo desta atividade mostraram-se
bastante empolgadas e comentavam, durante a realização dos exercícios, sobre as
vezes que adivinharam o troco na padaria, na lanchonete etc. antes que o troco
fosse entregue pelo funcionário do caixa ou sobre as vezes que sabiam quantas
balas podiam comprar com as moedas que ganhavam da avó ou do pai. Ambas
demonstraram a mesma empolgação ao realizar a atividade, porém, uma delas
afirmou que não gosta da matéria
“Matemática” e quando questionada sobre o motivo desse desgosto não soube se
explicar, mas afirmou que a Matemática “não é a mesma coisa fora da escola” –
em suas próprias palavras.
Fatos como esses tornam
cada vez mais necessários exercícios como os propostos para esta atividade, nos
quais a criança tem a oportunidade de recordar momentos nos quais a matemática
foi utilizada sem nenhuma pressão, momentos que façam os conhecimentos
matemáticos terem o sentido que deveriam ter desde o começo, ou seja, momentos
nos quais a matemática lhes pareça útil e aplicável à situações reais de uso de
modo que auxilie o raciocínio e não que o limite.
BIBLIOGRAFIA: Taboada, Roberta; Leite, Angela. Aprender juntos: alfabetização matemática, 3º ano: ensino fundamental. 3 ed.. São Paulo: Edições SM, 2011.
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